27/10/2025

A Associação Internacional de Produtos Frescos (IFPA) enviou relatório aos Departamentos de Agricultura (USDA) e de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos EUA sobre o desenvolvimento de uma definição para ‘alimentos processados’ (UPFs). A associação enfatizou que essa iniciativa representa uma importante oportunidade para melhorar a qualidade nutricional geral do abastecimento alimentar dos EUA, garantindo, ao mesmo tempo, que frutas e hortaliças frescas continuem sendo fundamentais para as estratégias de saúde pública e nutrição.
“Para melhorar a alimentação dos americanos, precisamos de um esforço coordenado que facilite o consumo de mais frutas e hortaliças, ao mesmo tempo que aumente a qualidade nutricional geral dos alimentos disponíveis”, disse Mollie Van Lieu, vice-presidente de nutrição e saúde da IFPA. “Está comprovado que o consumo de frutas e hortaliças contribui para a saúde do coração, reduz a pressão arterial e ajuda a prevenir doenças crônicas; no entanto, a maioria dos americanos ainda não o faz, mesmo quando compreende os benefícios.”
Embora as diretrizes alimentares recomendem que frutas e hortaliças componham metade do prato, apenas um em cada dez adultos nos EUA atinge essa meta. Ao mesmo tempo, seis em cada dez adultos têm pelo menos uma doença crônica, muitas das quais estão ligadas à má nutrição. Em seu relatório, a IFPA insistiu para que o USDA e o HHS a isentarem explicitamente frutas, hortaliças e nozes cruas de qualquer definição de alimentos processados e a priorizarem políticas que aumentem o consumo de frutas e hortaliças como parte da estratégia nacional para reduzir doenças crônicas relacionadas à alimentação.
O documento também afirma que os órgãos devem reconhecer que a praticidade e a perecibilidade são os principais obstáculos ao consumo de frutas e verduras, e que o processamento mínimo pode melhorar o acesso e a ingestão. “Frutas e hortaliças com valor agregado, como alface embalada, cenouras baby e maçãs fatiadas, entre outros, não devem ser classificados como processados simplesmente porque passam por um manuseio mínimo que pode melhorar o consumo de frutas e vegetais”, observou a IFPA.
Além de abordar as deficiências nutricionais, as recomendações da IFPA incentivam o USDA e o HHS a fortalecerem os programas e políticas federais de nutrição comprovadamente eficazes no aumento do consumo de frutas e vegetais. Isso inclui programas de prescrição de produtos frescos, que reduziram os custos de saúde e melhoraram os resultados para pacientes com doenças crônicas; rotulagem nutricional na parte frontal da embalagem, para melhor informar os consumidores e evitar alegações enganosas de “frutas e hortaliças” em produtos com pouco ou nenhum produto fresco de verdade; incentivos nutricionais suplementares do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) e Benefícios em Dinheiro do Programa de Nutrição Suplementar para Mulheres, Bebês e Crianças (WIC), que melhoram a acessibilidade e o acesso a produtos frescos; e programas de refeições e lanches escolares, incluindo o Programa de Frutas e Vegetais Frescos (FFVP), que demonstraram benefícios duradouros na melhoria dos hábitos alimentares e da saúde das crianças.
“À medida que o governo define sua agenda de alimentação e nutrição, insistimos que frutas e hortaliças estejam no centro de todos os esforços federais na área da saúde”, acrescentou Van Lieu. “Em resumo, não alcançaremos nosso objetivo mútuo de melhorar a alimentação da nação sem que os americanos aumentem o consumo de frutas e hortaliças.”




