02/01/2025
Entre janeiro e outubro de 2024, a Espanha importou 173,63 milhões de quilos de tomate, ou seja, 12,6% a mais que em 2023, segundo relatório elaborado pela Hortoinfo com base em dados do ICEX e da Agência Tributária.
No entanto, o valor total das compras só aumentou 2,39%, devido à redução do preço médio do tomate, que passou de 1,15 euros por quilo em 2023 para 1,05 euros por quilo em 2024. Assim, as importações deste ano somaram 181,59 milhões de euros, ante 177,35 milhões no ano anterior.
Portugal foi o principal fornecedor de tomate da Espanha em 2024, consolidando sua posição desde que desbancou Marrocos no ano passado. Entre janeiro e outubro, as exportações portuguesas atingiram 86,25 milhões de quilos (22,2% a mais que em 2023), representando 49,67% do total importado.
Essas importações somaram 73,73 milhões de euros, com um preço médio de 0,85 euros por quilo, inferior aos 0,95 euros registrados em 2023.
Marrocos foi o segundo maior fornecedor de tomate para a Espanha, com 42,47 milhões de quilos (9,4% a mais que no mesmo período do ano anterior), uma participação de 24,46% de todas as importações, no valor de 56,7 milhões de euros e um preço médio de 1,34 euros por quilo.
A Holanda ficou em terceiro lugar, com um aumento de 7,7% nas vendas de tomate para a Espanha. O preço médio dos tomates holandeses caiu ligeiramente, de 1,22 euros por quilo em 2023 para 1,16 euros por quilo em 2024.
Em contraste com outros países, a Bélgica registrou uma queda de 7,7% no volume exportado, passando de 10,31 milhões de quilos em 2023 para 9,51 milhões de quilos em 2024. Além disso, o preço médio do tomate belga também caiu, de 1 euro por quilo para 0,96 euro por quilo.
O crescimento das importações de tomate reflete uma maior diversificação nos fornecedores internacionais. Enquanto Portugal e Marrocos lideram as vendas para a Espanha, as variações de preços evidenciam um contexto de competição no mercado europeu, marcado por uma redução geral nos custos do produto.
Os dados mostram uma tendência de alta sustentada nas importações, que dependerá das condições de mercado e das políticas comerciais nos próximos meses.
Fonte: hortoinfo.es