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Clipping de noticias nacionais e internacionais do setor de flores, frutas, legumes e verduras.

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Índice CEAGESP encerra o mês de abril com valor negativo

O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de abril em -3,96%, representando uma queda de 8,8 pontos percentuais em relação ao índice de março. O destaque para o período ficou com o setor de Legumes, que apresentou uma redução de 7,94% na comparação com o mês anterior. Em um contexto geral, observa-se recuperação ou restabelecimento na oferta dos produtos devido à melhora nas condições climáticas.

SETOR POR SETOR

O setor de FRUTAS apresentou uma redução de preços de 5,99%. As principais reduções ocorreram nos preços de mamão havaí (-18,37%), melão amarelo (-22,16%), maracujá doce (-27,05%), melancia (-38,00%) e mamão formosa (-38,38%). as principais altas ocorreram nos preços de goiaba vermelha (17,94%), uva itália (15,41%), abacate fortuna (13,61%), uva benitaka (12,43%), uva rubi (10,78%) e morango (9,82%).

SÍNTESE: A redução na quantidade ofertada da goiaba branca fez com que houvesse um aumento na procura por goiaba vermelha, resultando em uma elevação na média de preços. Acompanhado disso, houve uma quebra de safra nas goiabas em geral. Para as uvas, há dois fatores preponderantes: período de entressafra no estado de São Paulo e as chuvas na região produtora da Bahia, afetando na oferta dessa origem, que supre a entressafra do estado de São Paulo. Para o abacate Fortuna, a razão da elevação de preços é o início da safra, ofertando assim volumes abaixo da média demandada. Ambos os mamões, o maracujá doce e a melancia apresentaram um bom volume de oferta no mercado atacadista, reduzindo os preços. Os altos preços do melão amarelo em períodos passados fizeram com que no mês de abril houvesse uma retração na demanda pelo produto, cujo resultado foi a formação de estoques, ocorrendo uma diminuição na média de preços praticados.

O setor de LEGUMES apresentou uma redução de preços de 7,94%, com as principais quedas ocorrendo nos preços do pepino caipira (-21,32%), da cenoura (-21,85%), do pimentão verde (-23,99%), da ervilha torta (-24,23%) e do pepino comum (-24,23%). as principais altas ocorreram nos preços da abóbora moranga (22,25%), do quiabo liso (21,78%), da abobrinha brasileira (11,95%), do pimentão vermelho (6,60%), do pepino japonês (6,31%) e do pimentão amarelo (6,22%).

SÍNTESE: O setor acabou sendo impactado por dois fatores importantes: de um lado, a retomada na quantidade ofertada dos produtos, outrora impactados pelos eventos climáticos, e do outro o desaquecimento do mercado consumidor. A ocorrência concomitante desses dois fatores contribuiu para uma queda de preços em mais de 57% dos itens cotados neste setor. Já para os itens que sofreram aumento, os agentes de mercado apontam ainda um reflexo no setor dos fatores climáticos que afetaram na safra, os problemas no período da florada e a elevação nos custos de produção.

O setor de VERDURAS apresentou uma elevação de preços de 12,91%. As principais altas ocorreram nos preços de coentro (49,80%), rabanete (36,93%), alface americana (30,26%), espinafre (28,05%) e couve manteiga (24,02%). as principais reduções ocorreram nos preços de brócolis ninja (-1,05%), cenoura com folha (-3,89%), acelga (-4,25%), couve-flor (-5,58%) e repolho liso (-8,32%).

SÍNTESE: Neste setor, parte da produção acabou inviabilizada após os prejuízos provocados pelas fortes chuvas e a descapitalização do produtor ocorrida pelas elevações dos custos de produção (atrelados ao dólar) e da mão de obra para o ramo. Esses eventos fizeram o produtor postergar a realização de novos investimentos e plantios na lavoura, uma decisão que afetou a oferta de vários produtos. A junção desses fatores contribuiu para que o setor apresentasse a maior alta de preços no índice.

O setor de DIVERSOS apresentou uma elevação de preços de 8,18%. As principais altas ocorreram nos preços de batata asterix (26,73%), coco seco (23,59%), batata lavada (17,09%), cebola nacional (15,17%) e ovos brancos (3,87%). as principais reduções ocorreram nos preços de alho (-0,19%), alho estrangeiro (-1,75%) e amendoim com casca (-1,96%).

SÍNTESE: O preço das batatas ainda vem sofrendo as consequências dos problemas climáticos na produção, resquício de períodos anteriores. Sobre a cebola nacional, com o final da safra ocorrida no período, a oferta do produto ficou concentrada na região Sul do país e, mesmo com a entrada de cebolas da Argentina, não foi suficiente para suprir a oferta, o que resultou em maiores preços.

  • Tendência do Índice
    A expectativa para o próximo mês é de que o índice CEAGESP continue em um viés de queda. Segundo os agentes de mercado, acredita-se que a estabilização das condições climáticas, a retomada da oferta dos produtos e a estagnação da procura contribuirão para isso. Já para o setor de DIVERSOS, a expectativa é para que ele caminhe em uma direção oposta à do índice.

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