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Exportações de cebola da Argentina caem enquanto colheita do Brasil aumenta

18/06/2025

“O que aconteceu é que em 2024 as exportações foram estendidas até o final de junho, mas desta vez os embarques praticamente pararam em 31 de maio”, explicou Lucio Reinoso, Secretário de Agricultura de Río Negro.

A demanda por cebolas argentinas de Río Negro está correlacionada aos padrões climáticos que impactam o pico de demanda de março a maio. O clima favorável no Brasil resultou em fortes produtividades nas regiões sul e centro, reduzindo a janela de demanda este ano. A produção excepcional do ano passado não se repetiu, impactando os volumes de exportação.

A desvalorização do real preocupou os produtores durante todo o verão. Essa mudança financeira foi exacerbada pelo aumento da oferta de cebola no Brasil, sinalizando o fim da temporada de exportação. A temporada, que começou em março, teve menor atividade em comparação com o ano anterior, que havia registrado embarques recordes, apesar de um breve aumento nas vendas durante as primeiras semanas de maio, conforme observado pela Secretaria de Agricultura de Río Negro.

O sul da Argentina, particularmente o Rio Negro, comercializa cebolas a partir de janeiro. O ciclo se estende até setembro, com cebolas “tardias” ou “armazenadas” para exportação, tradicionalmente atingindo o pico de abril a junho. Isso se alinha à baixa oferta doméstica no Brasil, com a eliminação gradual da produção de cebolas em Santa Catarina e antes das colheitas na região central em Minas Gerais e Goiás.

A demanda brasileira por cebola é notavelmente inelástica. Embora a produção doméstica geralmente corresponda ao consumo, cerca de 1.500.000 toneladas, a produtividade brasileira varia significativamente devido ao clima, ao contrário da produção estável da Argentina. Este ano não houve efeitos climáticos adversos, mas as exportações de cebola da Argentina para o Brasil diminuíram significativamente em junho.

O início das colheitas em Minas Gerais e São Paulo, marcado por boas produtividades, intensificou a competição no mercado local, conforme relatado pela Secretaria de Agricultura de Rio Negro. “Com o início da colheita na região central, encerra-se a temporada de comercialização da cebola argentina no Brasil”, afirmou.

A dinâmica dos preços, seguindo as tendências de oferta e demanda, começou com preços variando entre 25 e 35 pesos argentinos por quilo (aproximadamente US$ 0,27 a US$ 0,38), permanecendo estáveis ​​com leves aumentos no início de maio.

De 1º de janeiro a 31 de maio deste ano, os documentos de trânsito de cebolas de Río Negro atingiram 113.229 toneladas. Os 7.800 hectares plantados de cebola da temporada passada representaram aproximadamente 50% da produção vendida. Reinoso destaca que “50% são destinados à exportação e 50% ao mercado interno”.

No mesmo período do ano passado, mais de 85.000 toneladas foram embarcadas, em comparação com 54.800 toneladas neste ano. Isso reflete o pico de demanda da temporada anterior, com menos área plantada em 2024, registrada em 6.890 hectares, em comparação com os 7.800 hectares da temporada passada.

Como o Brasil absorve 90% das exportações argentinas, a queda da demanda apresenta desafios. Reinoso afirma: “Depender de um único cliente ou mercado, mesmo que inicialmente lucrativo, representa um risco considerável”. Diversificar as exportações para outros países é considerado crucial.

Em março, o 26º Seminário da Cebola do Mercosul viu esforços para ampliar o escopo do mercado e alcançar uma produção local eficiente em termos de recursos, conforme sugerido por Reinoso.

Fonte: Argenpapa

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