25/08/23
Após as recentes chuvas que inundaram algumas das principais regiões frutícolas do Chile, o Comité de Citrinos da Associação dos Exportadores de Frutas Chilenos (ASOEX) afirma que as exportações de citrinos provavelmente permanecerão inalteradas.
O grupo explica que, como as áreas de citricultura começam na região de Coquimbo e vão até a região de O’Higgins, localizada em áreas mais altas e protegidas de geadas, os volumes não serão impactados.
Observam também que as colheitas foram interrompidas por alguns dias, durante as chuvas.
Monserrat Valenzuela, gestor do comitê, destaca que a temporada da clementina já terminou; e que as épocas da laranja e do limão estão “80% concluídas”, com quase toda a produção colhida.
Valenzuela disse ao FreshFruitPortal.com que, embora algumas estradas estejam inundadas, assim que a chuva parar elas estarão novamente acessíveis e que não são esperados problemas de logística.
Ela também confirmou que as projeções para a temporada permanecem inalteradas.
Quanto aos embarques de tangerina, que lideram as exportações de frutas cítricas do Chile para os EUA, a colheita está 35% avançada.
A região de O’Higgins, uma das mais afetadas pelas recentes condições climáticas, colhe apenas 15% do total das exportações, pelo que os volumes globais deverão permanecer estáveis.
Quanto ao panorama geral da indústria frutícola, Ivan Marambio, presidente da ASOEX, afirma que a associação ainda está verificando a extensão dos danos.
“A tempestade que nos atingiu nos últimos dias deixou muitas inundações devido à saturação das águas. E, ao mesmo tempo, o transbordamento de rios, estuários e canais poderá, sem dúvida, afetar algumas plantações, especialmente aquelas que estão muito adjacentes a estas fontes de água. Porém, ainda estamos analisando e ainda não temos estimativas de danos”, afirma Marambio.