29/09/2025
Embora o Brasil tenha uma produção de mamão papaia o ano todo, há períodos com maior e menor oferta. Nesta época do ano, é a alta temporada, com os volumes mais altos de setembro a novembro. Apesar da alta oferta, a produção atual está cerca de 20% menor em comparação com o mesmo período do ano passado. “Isso se deve às condições de cultivo mais úmidas, combinadas com uma área plantada menor”, afirma Fred Tavares, da UGBP USA/Crown Global.
A empresa cultiva o mamão Golden – especificamente a variedade Aliança – no norte do Espírito Santo, em municípios como Linhares, Jaguaré, São Mateus, Sooretama, Pedro Canário, Pinheiros e Montanha. O mamão Formosa (variedade Tainung) também é originário do Espírito Santo, no Litoral Central, bem como do Nordeste do Brasil, especificamente do Rio Grande do Norte e do Ceará.
A maior parte do mamão papaia brasileiro chega aos Estados Unidos, onde enfrenta uma demanda constante. “Os consumidores americanos continuam a valorizar o mamão papaia brasileiro por seu sabor, valor nutricional e disponibilidade o ano todo.” Apesar de uma tarifa de importação de 50% que entrou em vigor em 6 de agosto deste ano, o padrão de demanda não mudou significativamente. “Não enfrentamos barreiras significativas porque o mamão papaia é enviado principalmente por via aérea”, comentou Tavares. Os impostos de importação são calculados com base no valor FOB do produto. “Como o custo do frete representa uma grande parte do custo total de importação, ele ameniza o impacto da tarifa.” No entanto, os custos do frete e os efeitos tarifários representam um desafio e aumentam a pressão sobre as margens.
Os aumentos nos custos de frete e os efeitos tarifários resultaram em preços mais altos no varejo. “Isso está limitando a capacidade do nosso mamão de competir com outras frutas. Em última análise, o mamão brasileiro está menos competitivo no mercado atualmente.” Apesar desses obstáculos, o país está determinado a continuar a oferecer qualidade e disponibilidade consistentes para atender à demanda do consumidor americano.
Fonte: www.ugbp.com