11/08/2025
Com crescimento médio anual estimado em 12,4% no mercado global, segundo relatório da Grand View Research, a hidroponia tem ganhado espaço no cultivo de frutas, flores, legumes e verduras (FFLV). No Brasil, estimativas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicam que entre 1.500 e 3.000 hectares já adotam o sistema, que dispensa o uso de solo e permite uma redução de até 60% no consumo de água ao fornecer nutrientes diretamente por uma solução nutritiva. A técnica também proporciona maior controle das variáveis de produção, ganhos em padronização e melhor aproveitamento por metro quadrado.
Além de hortaliças como alface, rúcula e agrião, a técnica tem sido aplicada na produção de morangos, ervas frescas e flores comestíveis, ampliando o portfólio de produtos frescos com maior valor agregado. A possibilidade de cultivo próximo aos centros urbanos também reduz perdas na logística e melhora a distribuição, gerando impactos positivos na cadeia como um todo.
“A produção hidropônica permite a padronização dos processos, além de maior previsibilidade no fornecimento e uso racional dos insumos. É um modelo de produção que contribui para minimizar os impactos ambientais, especialmente em áreas de alta densidade populacional ou com restrições de recursos hídricos”, afirma Valeska Ciré, country manager da International Fresh Produce Association (IFPA) no Brasil.
O modelo hidropônico também favorece a adoção de sistemas mais eficientes, com menor variabilidade climática e maior controle fitossanitário. “Esses fatores garantem alimentos mais uniformes na aparência e mais regulares na oferta. Essa previsibilidade operacional tem sido um diferencial competitivo importante para produtores que atendem ao varejo e ao food service”, ressalta Valeska.
Fonte: Assessoria de comunicação do evento