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Brasil dobra produção de gengibre e se prepara para pressão de preços nesta temporada

06/05/2025

A próxima safra de gengibre no Brasil será caracterizada por altos volumes, demanda incerta e competição de preços com o gengibre chinês e peruano.

Segundo Andreu Persilios, representante da Pommer Ginger, a empresa brasileira projeta um crescimento de 30% nas exportações em relação à temporada anterior, com embarques concentrados principalmente na Europa, seu mercado mais estratégico, e nos Estados Unidos.

“A Europa representa 70% das nossas exportações, embora o volume possa diminuir nesta temporada devido à concorrência da China. Tudo dependerá da estratégia comercial dos nossos clientes e do tipo de produto que eles decidirem oferecer ao consumidor final”, afirmou.

O crescimento não é acidental. O Brasil dobrou sua produção este ano, criando oportunidades e desafios. “Temos muito mais gengibre nesta temporada, mas isso também significa que os preços estão caindo porque há mais oferta do que demanda”, afirmou Percilios. “Esse aumento de volume é acompanhado por uma menor resistência do produto estrela do início da temporada, o gengibre baby, que só pode ser enviado por via aérea. Por enquanto, estamos enviando volumes baixos por avião porque o gengibre baby não suporta o transporte marítimo de 25 ou 26 dias”, acrescentou.

“Atualmente, os preços do gengibre baby estão em US$ 38 por caixa nos EUA e entre 34 e 35 euros na Europa, incluindo frete aéreo.” Persilios prevê que os preços podem melhorar ligeiramente com o início dos embarques marítimos, programados para meados de junho. “Podem aumentar de US$ 2 a US$ 4 por caixa, mas não acho que seja significativo”, afirma.

“O maior desafio será a venda, já que nosso volume supera a demanda atual”, afirmou. “No entanto, o Brasil pode ter uma vantagem competitiva sobre o Peru, um concorrente tradicional neste mercado, já que este último tem tido problemas de qualidade e desviado sua produção para os Estados Unidos. Este ano, quase não há gengibre peruano na Europa; em vez disso, há mais produto chinês”, acrescentou Percilios. “O que diferencia nosso produto, no entanto, é a qualidade interna e o tamanho.”

Atualmente, a Pommer Ginger exporta apenas produtos frescos, mas já se prepara para dar um passo em direção aos derivados. “Temos algumas máquinas para produzir gengibre em pó, cristalizado e desidratado”, disse Percilios. Além disso, a empresa está explorando novas culturas, como abacate, limão e tangerina, com planos de exportação a médio prazo. “Nossa produção de abacate atualmente se destina ao mercado interno, pois oferece preços melhores do que as exportações, mas já possuímos todas as certificações necessárias para exportar”, disse ele.

Pommer Ginger
www.pommerginger.com

https://www.freshplaza.com/latin-america/article/

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