20/01/2025
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no dia 10 de janeiro de 2025, ficou em 4,83% para o ano de 2024, onde o preço da alimentação em domicílios teve o principal destaque de alta, fechando o ano passado com o acumulado de inflação na ordem de 8,23%. Segundo o Instituto, diversos fatores contribuíram para explicar o movimento de alta no segmento de alimentos e bebidas, mas um dos principais foram relativos à questão climática, como a falta ou excesso de chuvas, por exemplo, prejudicando os períodos de plantio e colheita, o que fizeram encolher a oferta e qualidade de diversas culturas produtivas, encarecendo as safras agrícolas.
Somente o setor de FRUTAS obteve alta de 12,12% nas informações estratificadas no índice divulgado. Foram registrados, no levantamento, movimentos de fortes altas, como da laranja-lima 91,03%, tangerina 74,24 e laranja-pera, que alcançou 48,33%. A banana-prata teve alta de 1,67% e a banana-maçã de 11,41%, já o mamão caiu 1,84% e a melancia teve queda de 11,52%. Em função das especificidades de algumas culturas, que consideram condições diferentes ou de regiões geográficas com menores dificuldades climáticas, movimentos contrários, de baixa de preços, também foram anotados.
O setor de LEGUMES apresentou queda de 21,17%, participando desse setor cebola (-35,31%), tomate (-25,86%), batata (12,53%), cenoura (-17,89%). VERDURAS alta de 1,04%, sendo o alface (0,39%).
Como se sabe, o movimento dos preços em mercados atacadistas de alimentos não se comporta exatamente igual ao do verificado em unidades varejistas. Em mercados atacadistas, como as Ceasas, as diferenças entre o varejo e o atacado se acentuam. O próprio conceito da formação desses entrepostos induzem a uma grande concentração de agentes comerciais em um mesmo espaço, em dias e horários definidos para estabelecer suas transações comerciais, o que produz um mercado competitivo ainda mais intenso, onde compradores e vendedores disputam produtos e ofertas.
Para exemplificar essas diferenças, conforme informações disponibilizadas pelo Comitê de Comunicação da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimentos (Abracen), na Ceagesp – São Paulo, o Índice de Preços Ceagesp encerrou 2024 com uma variação acumulada nos 12 meses de 2,20%. Nesse período, a variação acumulada por setor foi de +11,54% para as frutas; -14,16% para os legumes; -12,58% para as verduras e -14,48% para o setor de diversos (batata, cebola e alho).
Fonte: CONAB/CEASAS – Boletim-Hortigranjeiro-Janeiro-2025.pdf (211 Downloads)