6 de novembro de 2024
“A pitaya equatoriana encontrou seu lugar no competitivo mercado dos EUA, destacando-se por seu sabor exótico e propriedades únicas. Apesar dos desafios da cadeia de suprimentos e da volatilidade dos preços, essa fruta continua ganhando popularidade. Atualmente, os Estados Unidos consomem cerca de 80% da produção de pitaya do Equador, tornando-se o principal mercado para produtores equatorianos que buscam oferecer um produto fresco e de qualidade”, diz Sergio Intriago, CEO da Exposour, em entrevista ao portal Fresh Plaza, durante o Global Produce&Floral Show.
Segundo Intriago, “embora o consumo de frutas frescas tenha caído nos últimos meses devido à contração econômica, o mercado dos EUA continua respondendo bem quando o preço por caixa permanece entre 14 e 18 dólares”, diz ele. No entanto, em anos anteriores, o produto estava sendo vendido por entre 22 e 24 dólares por caixa, um preço que reflete a alta demanda.
“Apesar das flutuações de preços e do impacto da superprodução em outros anos, métodos inovadores foram implementados no processo de produção da cultura. Este ano, a produção se manteve constante. Essas estratégias foram implementadas para possibilitar colher em diferentes épocas e evitar picos de produção descontrolados”, diz Intriago.
Para garantir uma qualidade estável, a empresa prioriza a coordenação com seus fornecedores locais e garante práticas de colheita que permitam que a fruta chegue ao seu destino em ótimas condições. “Temos uma certificação GlobalGAP e estamos trabalhando para obter no próximo ano a SMETA (sigla para Sedex Members Ethical Trade Audit, uma auditoria social que verifica as condições de trabalho oferecidas por produtores) com o objetivo de promover uma melhoria sustentada e contínua em toda a cadeia de valor”, diz Intriago. Esta certificação garante a implementação de práticas sustentáveis e de qualidade em todas as etapas de produção e distribuição.
Como a maioria dos embarques para os Estados Unidos é feita por via marítima, garantir a boa preservação da fruta durante o transporte é fundamental. “Implementamos métodos para evitar que a cadeia de frio seja quebrada em cada embarque e garantir que o produto chegue fresco”, diz Intriago. Isso se torna especialmente relevante em tempos como o atual, em que a competição por espaço em contêineres é alta devido à atual temporada de manga, o que levou a uma redução significativa do espaço disponível para exportações de pitaya.
Além do impacto no mercado dos EUA, a indústria equatoriana de pitaya desempenha um papel fundamental nas economias locais. Cada contêiner exportado gera mais de 700 horas de emprego direto somente na embalagem, além de centenas de horas no cultivo e transporte. A atividade não é benéfica apenas para os produtores, mas também para os fornecedores e toda a cadeia logística do Equador, diz Intriago.
Fonte: Fresh Plaza