17/Outubro/2024
Physalis, groselha ou aguaymanto. Não importa como a chamem, a verdade é que a fruta vem ganhando popularidade entre os produtores mineiros pela facilidade de plantio, pela adequação ao clima da região e pela alta produtividade de frutos.
Neste momento, a fruta é em grande parte importada e o mercado local é um grande desafio, pois para que o país tenha uma produção regular seria necessário “mudar a percepção” sobre a fruta, porque se caracteriza como uma fruta gourmet ou produto de elite.
Mas alguns ousaram. Denis Araujo Santos, 52 anos, “descobriu” a fruta numa sobremesa preparada pela irmã, interessou-se e decidiu cultivá-la. Com a orientação do engenheiro agrônomo e pesquisador Emerson Gonçalves, da Empresa Mineira de Pesquisa Agropecuária (Epamig), ele foi incentivado a produzi-lo graças às condições favoráveis do solo onde vive, com solo arenoso-argiloso e clima onde é muito quente e também há baixas temperaturas.
Inicialmente foram plantadas 1.000 mudas, que agora começam a dar frutos. Em declarações divulgadas pelos meios de comunicação social, referiu que “agora é o momento de melhorar a fertilização e a água. A fruta é mais doce que a importada da Colômbia. Agora preciso melhorar a gestão para ter mais qualidade.”
No futuro, disse ele, espera produzir physalis para venda.
Estudo Epamig
A Epamig realizou um estudo sobre técnicas de produção de physalis e criou um guia e auxílio para pequenos produtores. Gonçalves explicou que a ação começou há 10 anos, com um projeto de “frutinhos pequenos”, que além de incluir a physalis, envolve também as framboesas.
O projeto piloto de pesquisa foi realizado na Região Sul de Minas Gerais, mas atualmente as áreas de cultivo apoiadas pela Epamig não se limitam a essa região. Da mesma forma, a entidade disponibiliza um folheto técnico aos interessados e fornece orientações.
Entre os desafios para a produção da fruta, que é muito sensível, estão as mudanças climáticas, o adequado controle fitossanitário e de fertilização, além do solo, com água bem drenada.
Segundo a Epamig, as plantas podem produzir por dois anos e devem ser substituídas após esse período. No Brasil, é cultivada anualmente e os frutos são produzidos durante cinco meses.