O preço dos hortigranjeiros subiu 2,5% em dezembro na CeasaMinas, na comparação com o mês de novembro. A alta foi puxada pelo grupo das hortaliças, que apresentou elevação de 6%, e pode ser explicada pelas chuvas intensas nas regiões produtoras. Tomate longa vida (+ 29,9%), repolho híbrido (+ 16,5%) e batata lisa (+ 4,2%) são alguns dos itens que mais encareceram.
Conforme explica Ricardo Martins, chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, a batata passa por uma transição de safra. “Estamos finalizando a safra de inverno e iniciando a safra das águas. Nessa janela, a oferta fica um pouco mais baixa. Além disso, a chuva prejudica a colheita da batata”, conta.
O consumidor, no entanto, tem boas opções. O preço do quiabo caiu 40% em dezembro ? o quilo passou de R$ 6,45 para R$ 3,87. A queda do milho verde também foi expressiva: 34% (de R$ 1,44 para R$ 0,95 o quilo). Outro exemplo é a beterraba, que ficou 15,2% mais barata (de R$ 1,71 para R$ 1,45 o quilo). “Esses produtos despertam menos interesse do consumidor em dezembro”, explica Ricardo.
O grupo das frutas, quando observado individualmente, apresentou leve redução de 1,2% no preço. O limão, que está entrando em safra, ficou 52,2% mais barato (de R$ 4,39 para R$ 2,10 o quilo). A banana nanica, cuja produção passou por uma fase ruim, começou a se recuperar, o que justifica a queda de 33,7% no preço (de R$ 3,74 para R$ 2,48 o quilo). A manga está em plena safra, com redução de 26,4% no preço (de R$ 2,61 para R$ 1,92 o quilo).
Algumas frutas ficaram mais caras, a exemplo da tangerina ponkan (+ 47,9%), que está em final de safra. O abacate, em entressafra, teve aumento de 26,8%. Já o aumento da maçã brasileira foi de 6,3%. “A oferta da maçã foi menor ao longo de todo o ano de 2022 e os estoques estão baixos”, diz Ricardo. No caso das frutas, o aumento não está relacionado com as chuvas.
Fonte: Vinicius Mattiello – Ceasa Minas – 06/01/2023