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Índice CEAGESP encerrou agosto com alta de 1,28%

10/09/2022

O índice de preços da CEAGESP terminou o mês de agosto com alta de 1,28%, encerrando uma sequência de quatro meses de quedas consecutivas. Mesmo com este resultado, o índice acumula uma queda de 13,08%, considerando-se os meses de abril a agosto deste ano. Durante este mesmo período, o setor de Verduras acumula uma queda de preços de 38,49% e de 6,91% em 12 meses.

SETORIZAÇÃO
O setor de FRUTAS apresentou uma alta nos preços de 5,16%. Dos 38 itens cotados nesta cesta de produtos, 63,16% apresentaram variação positiva de preços. As principais altas ocorreram nos preços de limão taiti (+78,73%), maracujá azedo (+25,68%), goiaba branca (+19,74%), abacate fortuna (+18,26%) e goiaba vermelha (+16,62%). as principais reduções ocorreram nos preços de melancia (-27,97%), morango comum (-27,00%), mamão havaí (-25,72%), manga tommy atkins (-19,25%) e mamão formosa (-16,23%).

DESTAQUES: A alta do setor de FRUTAS acabou sendo fortemente puxada pela elevação de preço do limão taiti, devido ao início do período de entressafra do produto, refletindo-se em forte valorização no mercado atacadista. Entre os dias 03 e 19/08, o preço do limão taiti apresentou uma valorização média de 60,48%.

O setor de LEGUMES apresentou uma queda nos preços de 3,95%. Dos 33 itens cotados nesta cesta de produtos, 57,56% apresentaram variação negativa de preços. As principais reduções ocorreram nos preços de vagem macarrão curta (-27,50%), jiló (-24,03%), pepino comum (-20,50%), berinjela japonesa (-19,84%) e abobrinha brasileira (-14,51%). as principais altas ocorreram nos preços do pimentão amarelo (+48,96%), quiabo liso (+46,54%), pimentão vermelho (+38,65%), batata-doce rosada (+28,44%) e tomate caqui (+14,70%).

DESTAQUES: Os principais produtos responsáveis pela queda do setor de LEGUMES em agosto acabaram sendo a vagem e o jiló. Estes dois produtos apresentaram um bom volume de oferta no Entreposto. Na comparação com o mês anterior, a vagem apresentou um aumento de 23,32% na oferta, enquanto o jiló teve um aumento na oferta de 42,58%. O principal motivo para este cenário de aumento no volume de oferta foi principalmente a estabilização do clima, que trouxe boas condições de plantio, colheita e maturação dos produtos.

O setor de VERDURAS apresentou uma queda nos preços de 10,57%. Dos 38 itens cotados nesta cesta de produtos, 76,32% apresentaram uma variação negativa de preços. As principais reduções ocorreram nos preços de coentro (-28,84%), almeirão (-28,06%), espinafre (-27,75%), escarola (-27,58%) e couve manteiga (-25,55%). as principais altas ocorreram nos preços de milho verde (+18,68%), brócolos comum (+11,92%), alho-poró (+6,17%), salsão branco/verde (+4,97%) e agrião (+4,44%).

DESTAQUES: Embora o setor de VERDURAS tenha apresentado uma forte queda, o que chamou a atenção para o período foi a elevação média no preço do milho verde. O produto apresentou problemas na produção em regiões próximas a capital e isso fez com que sua procedência se deslocasse para regiões mais distantes, como o estado do Espírito Santo. Com isso, o custo do transporte acabou refletindo no aumento de preços.

O setor de DIVERSOS (alho, batata, cebola, ovos) apresentou estabilidade nos preços. As principais altas ocorreram nos preços de cebola nacional (+12,36%), ovos brancos (+7,95%) e ovos vermelhos (+4,20%). as principais reduções ocorreram nos preços de batata lavada (-20,59%), alho nacional (-5,53%), alho importado (-5,07%), coco seco (-2,38%) e amendoim com casca (-1,99%).

DESTAQUES: A cebola se manteve com oferta estável (+0,38%) no mês de agosto. Entretanto, a demanda externa da Argentina pelo produto fez com que os preços no mercado interno se elevassem. No caso dos ovos, os custos de produção do milho e da soja pressionaram os preços no mês de agosto. Por outro lado, a boa oferta de safra da batata lavada serviu para equilibrar o índice de preços do setor.

O setor de PESCADOS apresentou uma queda nos preços de 3,42%. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos 60,71% apresentaram uma variação negativa de preços. As principais reduções ocorreram nos preços de corvina (-32,04%), pescada tortinha (-26,32%), cação congelado (-25,63%), lula congelada (-22,26%), pescada goete (-8,60%). as principais altas ocorreram nos preços de sardinha fresca (+16,33%), cascote (+16,13%), atum (+13,75%), namorado (+12,02%) e robalo (+4,44%).

Tendência do Índice

Caso se confirmem no mês de setembro as previsões de clima mais seco nas principais regiões produtoras (interior de São Paulo, região do Triângulo Mineiro e noroeste de Minas), a oferta de produtos mais sensíveis a esta condição climática pode ser afetada. Algumas frutas de época (periodicidade sazonal), que são de característica mais precoce (pêssego, nectarina etc.), começarão a ter entrada no Entreposto da capital, o aumento da procura e da concorrência dos produtos importados faz com que estes itens, na etapa inicial de safra, consigam preços mais elevados, podendo contribuir com a elevação do índice no setor de Frutas. Nos demais setores, principalmente nos de Verduras e Legumes, a previsão é de estabilidade.

SetorÍndice %
Geral1,28%
Frutas5,16%
Legumes-3,95%
Verduras-10,57%
Diversos0,02%
Pescados-3,42%

Fonte: Ceagesp

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